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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Estudo mostra por que tem gente imune ao HIV e abre porta para tratamentos

O organismo de pessoas com imunidade natural ao HIV pode ajudar na criação de novos tratamentos - Getty Images
O organismo de pessoas com imunidade natural ao HIV pode ajudar na criação de novos tratamentos Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

06/06/2018 08h00

Não é segredo para ninguém que o vírus do HIV é poderoso e que devemos ter medo de como ele pode afetar nossa saúde. Mas você sabia que existem pessoas com um ajuste genético que garante uma imunidade natural ao HIV? São pacientes que vivem sem demonstrar qualquer sintoma de infecção.

Uma das grandes conquistas da medicina moderna é justamente o desenvolvimento de tratamentos para a luta contra o HIV. Mas os médicos não estão satisfeitos com tudo que temos hoje em dia, os pesquisadores acreditam que analisar o organismo de quem não sofre as respostas do vírus pode dar mais informações para criação de tratamentos ainda mais avançados.

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Nesta busca, os cientistas focaram no pequeno grupo de pessoas conhecidas como “controladoras de elite” do HIV, os tais pacientes que estão infectados com o vírus, mas não apresentam sintomas por décadas, mesmo sem o uso de medicação. Os resultados foram publicados na revista científica Science Immunology.

Acontece que quando o HIV infecta o corpo, ele se dirige para as células imunológicas chamadas de células T. Na pesquisa, o foco foi analisar o que acontece quando as células T infectadas retornam ao tecido linfoide, que faz parte do nosso sistema imunológico.

Foi possível notar que os “controladores de elite” têm células CD8 T, que são mais eficientes em matar células infectadas pelo HIV no sangue, mas essa resposta não é tão animadora, uma vez que a maior parte do vírus não é encontrada no sangue, e sim, no tecido.

Porém, também ficou clara uma adaptação única dos “controladores”. Ao contrário da maioria dos pacientes, as células T da elite se movem para o tecido linfoide e permanecem lá, expressando genes diferentes e produzindo proteínas distintas que ajudam a combater o HIV que está infectando o tecido.

Como o organismo faz isso e como replicar em mais pessoas ainda não é claro, mas será nessa direção que as próximas pesquisas seguirão. 

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