Topo

O poder dos alimentos

Seu prato torna sua vida mais saudável


O poder dos alimentos

O que o bebê deve comer para crescer com saúde? Dê ovo, peixe e brócolis

Vivian Ortiz

Do VivaBem, em São Paulo

25/05/2018 04h00

Uma preocupação de toda mãe --e pai -- é que seu bebê cresça forte e saudável. E, para que isso aconteça, a criança precisa de um cardápio adequado, que forneça todos os nutrientes fundamentais para a boa formação e desenvolvimento de seu organismo.

Com a ajuda da nutricionista Clarissa Hiwatashi Fujiwara, coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP, e de Marcelo Silber, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o VivaBem mostra quais alimentos ajudam e quais prejudicam o desenvolvimento físico e neurológico da criança.

Coloque no cardápio

Amamentação - iStock - iStock
Imagem: iStock

Leite materno
O Ministério da Saúde orienta que a criança seja alimentada exclusivamente com a bebida, sem qualquer outro alimento complementando a dieta, até os seis meses de idade. O leite materno contém substâncias bioativas, tais como ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (AGPICL), que são essenciais para o desenvolvimento cerebral. A partir dos seis meses, é importante começar a introduzir outros alimentos. No entanto, tente manter a amamentação, em paralelo, pelo menos até os dois anos de idade.

ovo - iStock - iStock
Imagem: iStock

Ovo
É fonte de colina, nutriente essencial para o funcionamento de todas as nossas células. Ela ainda é precursora da acetilcolina, um neurotransmissor importante que participa do desenvolvimento da memória e concentração. O alimento pode ser introduzido a partir dos seis meses, visando reduzir o risco de alergias. Evite usar óleo no preparo e prepare o ovo cozido, poché ou mexido.

fígado - iStock - iStock
Imagem: iStock

Fígado de boi ou galinha
Este é um dos alimentos mais ricos em colina, e pode ser introduzido no cardápio da criança quando ela estiver por volta de um ano de idade. Também possui alto nível de ferro, ótimo contra a anemia. Só tome cuidado para que o alimento seja fresco e de boa qualidade. O fígado pode substituir a carne vermelha uma vez por semana, no máximo, por conta do alto colesterol.

Carne moída - iStock - iStock
Imagem: iStock

Carne
É fonte de proteínas de alto valor biológico e fornece todos os aminoácidos essenciais (não produzidos pelo organismos), usados para a produção do tecido muscular. Comece a introduzir a carne na dieta do bebê a partir dos seis meses. Prefira cortes magros (patinho, alcatra, filé-mignon) e bem limpos, sempre preparados de forma cozida ou grelhada, desfiada ou moída. Dar dessa forma é importante para estimular as estruturas de mastigação e fala. Reveze com frango ou peixe e tome cuidado com o sal na hora de temperar.

Salmão, salmão grelhado - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Peixes de água salgada
Salmão, atum e sardinha possuem DHA, principal componente lipídico do sistema nervoso central e importante no desenvolvimento neurocognitivo. É indicado introduzir o alimento a partir dos sete ou oito meses, dependendo da indicação do pediatra, para diminuir o risco de alergia. Cozinhe e desfie bem antes de oferecer à criança -- e evite dar peixe cru pelo menos até os dois anos, para evitar risco de contaminação.

Brócolis (com o filtro) - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Brócolis
Além de ser uma excelente fonte de vitamina K, ótima para a capacidade cognitiva e melhora da habilidade de raciocínio e aprendizagem, possui altos níveis de fibras, bons para a digestão, e várias vitaminas. Apenas evite triturá-lo, pois o vegetal perde alguns nutrientes.

Espinafre - iStock - iStock
Imagem: iStock

Folhas verde-escuras
Espinafre e couve são boa fonte de vitamina K, antioxidantes e ferro. Ainda possuem uma substância chamada luteína, que tem importante papel na preservação da capacidade cognitiva e protege os neurônios. A dica é misturar com outros alimentos, como o ovo, e transformar em uma deliciosa omelete, por exemplo.

Veja também:

Maneire na dose

Leite - iStock - iStock
Imagem: iStock

Leite de vaca
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a versão integral da bebida não deve ser introduzida antes dos 12 meses de vida. Entre as razões para isso está o fato de ser pobre em ferro e zinco. O leite de vaca é um dos grandes responsáveis pela alta incidência de anemia ferropriva em menores de dois anos no Brasil, pois o cálcio do alimento "briga" com o ferro, diminuindo sua absorção.

suco, suco de laranja - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Suco de frutas
Dê preferência à fruta in natura. Nunca dê suco para a criança como um substituto da refeição principal -- a bebida até pode entrar como complemento à comida, em dose máxima de 100 ml (meio copo) por dia. Prefira frutas ricas em vitamina C, como laranja e limão, pois elas ajudam a melhorar a absorção do ferro presente em alimentos como folhas verde-escuras e carne.

Mel - iStock - iStock
Imagem: iStock

Mel
No primeiro ano de vida não se recomenda o uso do produto, pois ele pode estar contaminado com substâncias capazes de produzir toxinas na luz intestinal e causar botulismo.

Tire do cardápio

bolacha - iStock - iStock
Imagem: iStock

Alimentos industrializados
Como a criança está começando a ter contato com alimentos, o importante é sempre priorizar a versão natural deles. Pelo menos nos dois primeiros anos de vida, o ideal é que as famílias sejam extremamente restritivas em relação a itens que não agreguem valor biológico e sejam processados, tenham corantes, aromatizantes, entre outros. Portanto, deixe de fora do cardápio biscoitos, salgadinhos, sucos de caixinha, refrigerantes etc. Fora a questão nutritiva, não consumir esse tipo de produto ajuda a criança a ter melhores referências de paladar.

Siga o VivaBem nas redes sociais
FacebookInstagramYoutube

O poder dos alimentos