Células imunológicas no leite materno reforçam benefícios da amamentação
Pesquisadores encontraram células imunológicas que estão prontas para agir contra invasores --como bactérias -- no leite materno. A presença dessa equipe de células imunes da linfoides inatas (ILCs) é mais uma evidência dos benefícios da amamentação para a saúde do bebê.
De acordo com o estudo, publicado no JAMA Pediatrics, as ILCs do leite materno podem ajudar a proteger os recém-nascidos de infecção em curto prazo e ainda auxiliar os bebês a desenvolverem seu próprio sistema imunológico protetor em longo prazo.
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Descobriu-se que todas as três classes conhecidas de ILCs presentes no leite materno humano fresco --o tipo 1 é o mais prevalente -- não apenas são transferidas para bebês via amamentação, como sobrevivem no intestino da criança por vários anos.
Agora, a ideia é entender melhor o que acontece com as ILCs quando chegam ao intestino da criança e como elas ajudam a adaptar o microbioma --conjunto de bactérias e microrganismos que habitam o corpo humano e melhoram digestão, imunidade e atividade cerebral, além de proteger contra infecções.
Descobertas preliminares, incluindo estudos paralelos com camundongos, indicam que as ILCs são um participante na construção do microbioma, ajudando a formar a camada protetora de mucosa para o intestino.
Os pesquisadores também acreditam que essas células protegem a mãe de contrair uma infecção do próprio bebê que está sendo amamentado. Segundo o estudo, essas estruturas podem inclusive mudar para que o bebê supere a infecção que está ocorrendo.
Sabe-se que o leite materno contém milhões de células, incluindo muitos tipos de células de defesa. Os cientistas mostraram, no entanto, que essa linhagem de célula recente --estudada há pouco menos de uma década -- também faz parte do conjunto de estruturas que compõe o leite materno.
As células mais prevalentes no leite materno são os macrófagos, espécie de grandes glóbulos brancos "comedores". Eles envolvem bactérias completamente e atuam como se as digerissem, explicam os cientistas.
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