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Boa e velha manteiga de lata é a melhor opção para sua saúde

Marcia Albuquerque/VivaBem
Imagem: Marcia Albuquerque/VivaBem

Thais Szegö

Colaboração para o VivaBem

07/05/2018 04h00

A manteiga é fabricada pelo homem há, pelo menos, 10 mil anos. Mais recentemente, seu alto teor de gordura fez com que fosse considerada uma grande inimiga da saúde e perdesse espaço no mercado.

No entanto, de vilã alimentar, ela voltou a ser vista como uma boa opção, se consumida moderadamente. Aliás, a manteiga é considerada até mais saudável que a margarina. E o jogo inverteu, fazendo as vendas da melhor companheira do pãozinho francês aumentarem, chegando a 90 mil toneladas em 2017, no Brasil.

A quantidade de tipos nas gôndolas também está maior, dificultando a escolha na hora da compra. Nada que este guia não resolva. A seguir, veja o que deve levar em consideração ao comprar manteiga.

Opte pela lata
Ela é totalmente impermeável à luz e ao oxigênio, fatores que podem prejudicar o produto e alterar o seu sabor. Por isso, nesse caso a sua validade é mais longa (12 meses), além de não necessitar de armazenamento ou transporte sob refrigeração. Mas depois de aberta ela deve ser colocada na geladeira.

Entre o pote de plástico e o papel laminado dá empate
Eles são mais comuns e garantem um prazo de validade menor (entre 3 e 6 meses), guardadas sob refrigeração o tempo todo.

A de papel deve ser substituída ao chegar em casa
Ele deve ser removido e a manteiga colocada em um recipiente com tampa para evitar que o papel absorva a sua umidade e garantir que o produto fique mais bem vedado, além de facilitar a sua

utilização.

Longevidade igual para os três tipos
Independente da data estampada no rótulo e do tipo de embalagem, todas as manteigas devem ser conservadas em geladeira após abertas e consumidas em um período de 10 a 15 dias.

As manteigas apresentam algumas variações: extra, de primeira qualidade, comum, maturada, com ou sem sal, temperadas e até sem lactose.

As do tipo extra e de primeira qualidade são equivalentes no que se refere ao padrão
A categoria do produto está ligada à qualidade do creme de leite utilizado como matéria-prima na sua fabricação. Quando se trata da extra e a de primeira qualidade, ele é equivalente e a diferença se dá por um teste sensorial que no caso da extra resulta em um sabor mais puro, considerado o tipo ideal. Já o laticínio chamado de primeira qualidade pode apresentar um pouco de perda de sabor e ser levemente ácido.

A manteiga comum está em outro patamar
Na sua fabricação é permitido o uso de creme ou gordura láctea proveniente do desnate de leites mais ácidos e/ ou soro obtido da fabricação de queijos, desde que apresente parâmetros de qualidade especificados na legislação. Sua comercialização é exclusiva no território nacional e seu prazo de validade geralmente é reduzido.

Sem sal ou com sal? Depende do seu gosto
A grande diferença entre elas está mesmo no paladar. No entanto, vale ressaltar que baseado na legislação brasileira a versão salgada deve apresentar no mínimo 80% de gordura, enquanto a outra 82%. Essa diferença se dá porque a primeira pode conter até 2% de sal.

As temperadas sofrem um pouco no quesito conservação
Conhecidas também como manteigas gourmet, estão cada vez mais presentes nas gôndolas dos supermercados. Elas são muito interessantes por contarem com um toque especial de sabor, que é adicionado através de ingredientes granulados, óleos essenciais ou agentes aromatizantes, mas a sua vida útil é mais curta por causa dos elementos adicionados no seu preparo.

Você já ouviu falar nas maturadas?
Elas são feitas com um creme de leite fermentado por bactérias lácteas antes da produção da manteiga, potencialiizando o sabor e o aroma do produto. É o mesmo princípio dos queijos com essa denominação.

Elas também têm uma versão sem lactose
As manteigas têm uma concentração muito baixa de lactose, menos de 1%, por isso não oferecem muitos riscos para quem tem uma intolerância mais leve. Já as pessoas que não podem ingerir nenhuma quantidade dessa substância podem optar pelas sem lactose.

Fique atento aos blends
Existem produtos feitos de uma mistura de manteiga e margarina e que têm embalagens muito similares às das manteigas convencionais. Por isso é muito importante checar essa informação que obrigatoriamente deve estar na embalagem do produto.

Confira o tipo de leite
O mercado também oferece produtos feitos com matéria-prima de búfala, cabra e ovelha que apresentam composição e características sensoriais, como sabor e aroma, diferenciados.

Mapa do rótulo

  • Denominação do produto que indica se ele é manteiga com sal, sem sal, extra, etc.
  • Identificação de origem
  • Indicação do tipo de leite utilizado para fazer o produto: vaca, búfala, ovelha ou cabra.

No contra-rótulo

  • Lista de ingredientes que deve aparecer sempre em ordem decrescente. Ou seja, os que estão em maior quantidade vêm primeiro. No caso da manteiga, costumam ser: creme de leite, cloreto de sódio (sal, encontrado nos produtos salgados), corante natural de urucum (presente em alguns produtos para deixar a cor mais viva), neutralizante e fermento lácteo (no caso das maturadas).

Informações nutricionais

(versão extra sem sal - 1 colher de sopa)

  • Calorias: 74 kcal
  • Carboidratos: 0
  • Proteínas: 0
  • Gorduras totais: 8,2g
  • Gorduras saturadas: 5,7g
  • Gorduras trans: 0
  • Fibra alimentar: 0g
  • Sódio: 0g

Fonte ouvida pelo VivaBem: Mayara de Souza Queirós, doutoranda e pesquisadora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp que trabalha com manteiga

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