Repouso de 10 minutos após aprender algo novo ajuda a fixar os detalhes

Recentemente, um estudo publicado pelo Journal of Sleep Research já mostrou como uma noite mal dormida pode prejudicar a memória de trabalho, responsável pelo armazenamento temporário de informações. No entanto, uma nova pesquisa mostra como apenas dez minutos após aprender algo novo ajuda a fixarmos os detalhes do novo aprendizado.

Os novos achados publicados no periódico Nature Scientific Reports mostram como este curto período de descanso pode auxiliar jovens estudantes a lembrarem detalhadamente de novas coisas. Para chegar ao resultado, Michael Craig e Michaela Dewar, pesquisadores da Universidade Herriot-Watt, no Reino Unido, elaboraram um teste de memória baseado em fotos para avaliar a capacidade de reter informações detalhadas.

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Eles pediram a 60 jovens do sexo masculino e feminino, com idade média de 21 anos, que olhassem para um conjunto de fotos. Eles foram convidados a categorizar fotos "antigas" e "parecidas". Se a capacidade dos participantes de reter nuances sutis fosse boa, eles diriam que as fotos eram "parecidas".

No entanto, explica Craig, "se as memórias não tão detalhadas forem armazenadas, as pessoas tendem a não notar as diferenças sutis em fotos semelhantes e confundi-las com fotos antigas, já vistas".

Os adultos jovens que calmamente descansaram nos minutos que se seguiram à apresentação de fotos foram melhores em notar diferenças sutis em fotos “parecidas". Isso, explica ele, sugere "que esses indivíduos armazenaram memórias mais detalhadas, em comparação com aqueles que não descansaram".

Ele complementa: "Acreditamos que o descanso silencioso é benéfico, porque é propício ao fortalecimento de novas memórias no cérebro, possivelmente apoiando sua reativação automática".

No entanto, Craig admite que os mecanismos por trás do fenômeno permanecem um mistério e seriam necessários novos estudos para compreendê-los. "Não sabemos exatamente como funciona esse fortalecimento de memória relacionado ao repouso.”

Agora os jovens estudantes têm um nova (e científica) desculpa para tirarem aquela soneca depois de estudar.