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Consumo de nozes tem um impacto na prevenção do câncer colorretal

Nozes possuem um tipo de fibra dietética que atua como fonte de alimento para a microbiota intestinal - iStock
Nozes possuem um tipo de fibra dietética que atua como fonte de alimento para a microbiota intestinal Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

04/05/2018 18h23

Um estudo da Universidade de Illinois (EUA) descobriu que uma dieta rica em nozes desempenhou um bom papel na saúde do coração e na redução do câncer colorretal. Segundo os pesquisadores, o fruto impacta no microbioma intestinal --complexo de espécies de microrganismos que vivem em nosso intestino, o que pode estar por trás de alguns desses benefícios para a saúde.

Os resultados foram publicados no The Journal of Nutrition, e mostram que o consumo de nozes não apenas impactou a microbiota intestinal e os ácidos biliares secundários derivados desses microorganismos, como também reduziu os níveis de colesterol LDL nos adultos participantes do estudo, o que é uma boa notícia para a saúde cardiovascular, metabólica e gastrointestinal.

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As nozes possuem um tipo de fibra dietética que atua como uma fonte de alimento para a microbiota intestinal, ajudando as bactérias a realizarem seus trabalhos --quebrando os alimentos complexos, fornecendo-nos nutrientes ou ainda ajudando a nos sentirmos cheios, por exemplo.

Para o estudo de alimentação controlada, 18 adultos saudáveis de ambos os sexos foram divididos em dois grupo: um não comeu o fruto e outro consumia 42 gramas --cerca de uma palma da mão cheia-- por dois períodos de três semanas. Amostras fecais e sanguíneas foram coletadas no início e no final de cada período para avaliar desfechos secundários do estudo, incluindo os efeitos do consumo de noz na microbiota fecal e ácidos biliares, além de marcadores metabólicos de saúde.

Consumir noz resultou em maior abundância relativa de três bactérias de interesse: Faecalibacterium, Roseburia e Clostridium. e A Faecalibacterium, que já demonstraram que ajuda a reduzir processos inflamatórios em animais. Inclusive, aqueles com maiores quantidades delas na microbiota também possuem melhor sensibilidade à insulina.

Quem consumiu as nozes também teve uma redução nos ácidos biliares secundários (produzidos pelos micróbios do instestino), em comparação com o grupo de controle. E esse ácidos demonstraram ser maiores em indivíduos com câncer colorretal, ressaltou o estudo. Apesar da boa notícia, ainda são necessárias mais pesquisas para entender melhor o assunto.

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