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Comer peixe ajuda na prevenção da doença de Parkinson

Nutriente presente nos peixes ajuda a "limpar" proteína que se forma no Parkinson - iStock
Nutriente presente nos peixes ajuda a "limpar" proteína que se forma no Parkinson Imagem: iStock

Do VivaBem

24/04/2018 17h23

Há muito tempo que o peixe é ligado à melhoria da saúde cognitiva a longo prazo, mas as razões para isso nunca foram muito claras. Acreditava-se apenas que isso poderia ter alguma relação com os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6. Agora, um novo estudo da Chalmers University of Technology, na Suécia, descobriu que a proteína parvalbumina, comum em muitas espécies de peixes, contribui para esse efeito.

Uma das características da doença de Parkinson é a formação de uma proteína chamada alfa-sinucleína. O que os pesquisadores de Chalmers descobriram agora é que a parvalbumina pode formar estruturas amilóides que se ligam à proteína alfa-sinucleína. Simplificando, a parvalbumina “limpa” eficazmente as proteínas da alfa-sinucleína, utilizando-as para seus próprios propósitos, evitando assim que elas formem amilóides potencialmente prejudiciais. 

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"A parvalbumina recolhe a alfa-sinucleína e impede que ela se agregue, simplesmente se agregando primeiro", explica Pernilla Wittung-Stafshede, principal autora do estudo. Com a proteína parvalbumina tão abundante em certas espécies de peixes, aumentar a quantidade de peixe em nossa dieta pode ser uma maneira simples de combater a doença de Parkinson. Arenque, bacalhau, carpa e peixe vermelho, incluindo salmão e pargo, têm níveis particularmente altos da proteína.

Peixe - iStock - iStock
Arenque, bacalhau, carpa e peixe vermelho, incluindo salmão e pargo, têm níveis particularmente altos da proteína
Imagem: iStock

Outras doenças neurodegenerativas, incluindo Alzheimer, também são causadas por certas estruturas amilóides que interferem no cérebro. Por esse motivo, a equipe está interessada em pesquisar este tópico mais adiante, para ver se a descoberta relacionada à doença de Parkinson poderia ter implicações em outros distúrbios neurodegenerativos.

A autora do estudo ainda enfatiza a importância de encontrar maneiras de combater essas condições neurológicas no futuro: "Essas doenças vêm com a idade e as pessoas estão vivendo mais e mais. Haverá uma explosão dessas doenças no futuro --e a parte assustadora é que, atualmente, não temos cura. Então, precisamos dar seguimento a qualquer coisa que pareça promissor."

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