Tratamentos complementares melhoram função cerebral em ratos com Alzheimer
Usar duas terapias diferentes, mas que se complementam, ajudou a reduzir as placas de beta-amilóide no cérebro de ratos com doença de Alzheimer, o que melhorou a navegação espacial e também a memória desses animais, de acordo com um estudo publicado no The Journal of Experimental Medicine. A descoberta sugere que, no futuro, abordagens similares combinadas também podem ser úteis para pacientes com a doença.
"Muitos dos tratamentos sendo desenvolvidos para Alzheimer concentram-se na redução dos níveis de beta-amilóide, pequena proteína cuja presença abundante caracteriza a doença", explicou uma das autoras do trabalho, Joanna Jankowsky. "A combinação de duas terapias complementares não apenas restringiu o crescimento de placas, como também ajudou a remover as que já estavam formadas."
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Para reduzir os níveis de beta-amilóide, os pesquisadores atacaram o problema por duas frentes. Em uma delas, trabalharam com um modelo de camundongo geneticamente modificado para interromper a produção de beta-amilóide. Além disso, promoveram a eliminação do beta-amilóide com anticorpos que se ligam a essa proteína e a eliminam.
A outra contribuição desse estudo foi identificar potenciais alvos terapêuticos alternativos. A proteína mTOR faz parte de um complexo que realiza uma infinidade de funções dentro das células, incluindo a formação de sinapses, que são as conexões entre os neurônios, além de sua manutenção e plasticidade. Essa via também regula a autofagia, um dos processos celulares que elimina o beta-amilóide. O caminho mTOR situa-se na ligação desses processos que Jankowsky e seus colegas descobriram como resultado do tratamento.
"Os neurônios tinham bloqueios na estrada, o que os faziam inchar e funcionar mal. O tratamento duplo ajudou a limpar esse obstáculo", disse a pesquisadora. "Além disso, as sinapses perdidas como resultado dos depósitos de amilóide foram reconstruídas, causando melhora do aprendizado e da memória desses animais."
De acordo com os pesquisadores, a via mTOR se correlaciona com as melhorias cerebrais observadas em seus camundongos, sugerindo que estudos futuros possam testar se a via é necessária para mediar essas melhorias. "Esperamos que nossas descobertas sejam valiosas nas discussões sobre futuros ensaios clínicos em humanos", disse Jankowsky.
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