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Benefícios da meditação para o cérebro duram ao menos sete anos, diz estudo

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Imagem: iStock

Do VivaBem

06/04/2018 10h18

Meditar melhora a capacidade de manter a atenção por até sete anos, de acordo com um novo estudo publicado no periódico Journal of Cognitive Enhancement. A pesquisa acompanhou 60 praticantes experientes que participaram de retiros de meditação por três meses e receberam instruções sobre técnicas de meditação. Durante o período, eles também participaram de sessões de meditação em grupo duas vezes ao dia e se dedicaram à prática individual por cerca de seis horas por dia.

Os pesquisadores acompanharam os participantes seis meses após a prática, 18 meses e sete anos. Imediatamente após o estudo, os participantes do retiro mostraram melhoras na atenção, bem como no bem-estar psicológico geral e na capacidade de lidar com o estresse. Os 40 participantes que permaneceram no estudo durante os sete anos relataram que continuaram com alguma forma de prática de meditação, o equivalente a cerca de uma hora por dia em média.

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O novo estudo mostra que os ganhos de atenção observados imediatamente após o retiro foram parcialmente mantidos sete anos depois, especialmente entre os participantes que mantiveram uma prática de meditação mais frequente ao longo desse período. Em comparação com aqueles que praticavam menos, esses participantes mantiveram ganhos cognitivos e não mostraram padrões típicos de declínio da atenção relacionado à idade.

Um estudo anterior, realizado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, já havia relacionado a prática de meditação à melhora significativa da função cerebral. Mas a nova pesquisa foi a primeira a observar se esses benefícios permaneciam a longo prazo. "Este estudo é o primeiro a oferecer evidências de que a prática intensiva e contínua de meditação está associada a melhorias duradouras na atenção sustentada e inibição da resposta, com o potencial de alterar trajetórias longitudinais de mudanças cognitivas na vida de uma pessoa", disse o principal autor da pesquisa, Anthony Zanesco, da Universidade de Miami.

O estilo de vida ou a personalidade dos participantes também podem ter contribuído para as observações, observou Zanesco. Mas os benefícios da meditação parecem ter estabilizado após os retiros, mesmo nos participantes que mais praticaram: isso pode ter implicações sobre o quanto a meditação pode, de fato, influenciar a cognição humana e o funcionamento do cérebro, diz ele.

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