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Quem dorme mal e está cansado tem risco até 123% maior de sofrer acidente

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

05/04/2018 15h51

A sonolência excessiva traz prejuízos cognitivos e faz com que você tenha um risco maior de causar um acidente de automóvel devido ao cansaço. O problema é que indivíduos cronicamente privados de sono não costumam se perceber assim, apesar do declínio contínuo no desempenho. Essa atitude despertou o interesse de cientistas em descobrir se quem está cansado realmente é mais "perigoso".

Uma equipe de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital abordou a questão e seus resultados foram publicados na BMC Medicine. "Concluímos que pessoas assim não se percebem como excessivamente sonolentas e, portanto, não acreditam que seu desempenho está prejudicado", disse o autor principal, Daniel J. Gottlieb. "Isso resultou em uma alta do risco de acidentes automobilísticos em indivíduos assim (exaustos)."

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O estudo prospectivo examinou a relação entre acidentes automobilísticos e duas causas comuns de deficiência de sono --duração do sono insuficiente e apneia obstrutiva do sono. A pesquisa analisou 1.745 homens e 1.456 mulheres com idade entre 40 e 89 anos, participantes do Sleep Heart Health  Study.

A apneia obstrutiva é um distúrbio crônico no qual a respiração começa e para repetidamente durante o sono, reduzindo drasticamente sua qualidade e aumentando a sonolência. A apneia do sono grave foi associada a um aumento de 123% no risco de acidente automobilístico. Já sua versão de leve a moderada relacionou-se a uma alta de 13% no risco de acidente automobilístico. Esses números foram em comparação com pessoas sem apneia do sono.

Dormir apenas seis horas por noite foi associado a um aumento de 33% no risco de acidente, comparado com quem dorme de sete ou oito horas. Gottlieb acrescentou ainda que este aumento do risco de acidente era independente da sonolência auto-relatada de um indivíduo.

"Para ajudar a reduzir esses números, precisamos identificar quem tem apneia e garantir que eles sejam adequadamente tratados. Também é necessário aumentar a conscientização pública sobre a importância de uma boa noite de sono para reduzir a porcentagem da população com sono insuficiente", disse Gottlieb. "Por fim, a ideia é tentar encontrar um biomarcador para deficiências cognitivas devido à sonolência excessiva".

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