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Ter depressão pode aumentar o risco de arritmia cardíaca

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

26/03/2018 12h34

O risco de uma pessoa desenvolver um distúrbio cardíaco comum, a fibrilação atrial, ou arritmia cardíaca, pode aumentar se o indivíduo também tiver depressão, de acordo com novos dados apresentados recentemente em um evento da American  Heart  Association (Associação Americana do Coração, no português).

A fibrilação atrial (AFib) é uma anormalidade do ritmo cardíaco causada por um problema no sistema elétrico do coração. Normalmente, a eletricidade do coração flui das câmaras superiores (átrios) para as câmaras inferiores (ventrículos), causando a contração normal. Na fibrilação atrial, o fluxo elétrico é caótico, fazendo com que o batimento cardíaco se torne irregular.

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No estudo, pesquisadores da Escola Keck de Medicina da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, analisaram dados do projeto Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA), com mais de seis mil cidadãos norte-americanos, de uma variedade de grupos étnicos e que foram acompanhados por 13 anos. Os participantes tinham, em média, 62 anos e estavam livres de doenças cardíacas no início do trabalho.

Naqueles que tomaram antidepressivos e que tiveram as maiores pontuações em um teste de triagem clínica para depressão, foi encontrado um risco 30% maior para Afib, em comparação com os participantes com baixa pontuação para depressão e que não tomavam antidepressivos.

O estudo não conseguiu identificar exatamente como a função cardíaca pode ser alterada pela depressão, mas os pesquisadores acreditam que a inflamação e o aumento dos níveis de alguns hormônios é o que impede que o coração consiga manter um ritmo regular.

E agora?

Os autores sugerem que suas descobertas reforçam as conclusões de estudos anteriores que demonstraram uma estreita ligação entre a saúde mental e a saúde do coração.

Eles recomendam que tanto os médicos quanto pacientes afetados por essas doenças devem ser informados de que as evidências mostram que as pessoas com depressão têm um risco aumentado de doença cardíaca em geral.

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