Medo dos vírus no ambiente fechado do avião? Risco é menor do que se pensa
Você já fez uma longa viagem de avião e ficou gripado? Acredite, a culpa não foi apenas da baixa temperatura do ar-condicionado. Segundo uma nova pesquisa, as aeronaves comerciais podem disseminar vírus e bactérias transportados por passageiros ou pela tripulação, mas o risco não é tão grande assim.
Publicado na segunda-feira (19) no periódico PNAS, o estudo criou um "mapa" da transmissão de germes, observando a posição e o movimento dos passageiros e da tripulação durante cinco viagens de ida e volta na Costa Oeste dos Estados Unidos, com diferentes destinos. Também foram coletadas 229 amostras de ar e superfície em todos os voos.
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Os resultados mostraram que, embora as pessoas acreditem que o avião possa ser uma "bomba" de vírus e bactérias, em termos de como os germes são transmitidos, a trajetória da infecção parece ser bastante estável, em geral. Como era de se esperar, as pessoas que se sentam mais perto de um indivíduo que tosse e espirra são as mais propensas a pegar os germes dispersos. Como explicam os pesquisadores, "somente a tripulação e os passageiros em dois assentos laterais ou em uma fila [na frente ou atrás] provavelmente estarão em contato com essa pessoa doente, e todos os outros passageiros terão muito menos probabilidade de ter contato".
Fuja da tripulação
Os cientistas descobriram que a transmissão direta de doenças fora da área de um metro de um passageiro infectado é improvável. O maior perigo pode, na verdade, vir da tripulação de cabine, que se movimenta com mais frequência e entra em contato prolongado com muitos passageiros.
Com relação aos voos analisados nesse estudo, "cada membro da tripulação estava em contato com os passageiros por 67 minutos", tornando mais provável que um comissário de bordo doente distribua alguns germes complementares ao servir uma bebida aos passageiros, por exemplo, se não tiver cuidado. "Um membro da tripulação infeccioso infectará 4,6 viajantes", estimam os pesquisadores.
Como evitar
O perigo da contaminação pode ser minimizado se os passageiros e a tripulação higienizarem as mãos e as mantiverem longe de seus narizes e olhos. Grandes focos de germes são, na verdade, as superfícies com as quais entramos em contato o tempo todo quando a bordo de um avião, como mesas de bandejas, fivelas de cinto de segurança e puxadores de portas de banheiros.
Então, levar um desinfetante para as mãos e lenços umedecidos pode ajudar. Os pesquisadores ainda recomendam fazer uma rápida limpeza na bandeja antes de colocar algum objeto sobre ela, como um livro ou celular.
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