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Colesterol alto em idosos pode significar uma melhor saúde cerebral

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

06/03/2018 15h31

Ter colesterol elevado nem sempre é ruim, sugere um novo estudo publicado na revista Alzheimer's & Dementia.

Os resultados mostraram que pessoas com 85 a 94 anos cujo colesterol total é maior do que na meia-idade têm 32% menor de sofrer declínio cognitivo marcado. No entanto, nos indivíduos com idades entre 75 e 84 anos, aqueles cujo colesterol total era maior do que era na época da meia-idade a possibilidade do distúrbio mental é 50% maior. 

Os resultados têm implicações importantes para pesquisar fatores genéticos e outras condições associadas ao envelhecimento cognitivo bem-sucedido.

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Para sua análise, os pesquisadores examinaram os dados de 1.897 participantes do Framingham Heart Study, todos com função cognitiva saudável quando entraram no estudo. Foram investigadas associações entre o nível de colesterol total e as incidências de declínio cognitivo marcado que surgiram durante as décadas de acompanhamento, à medida que os participantes envelheciam.

Os pesquisadores usaram cinco medidas "dependentes do tempo" do colesterol total: média aos 40 anos (meia-idade); média aos 77 anos (vida adiantada); média desde 40 anos; se o nível subiu ou desceu ("mudança linear desde a meia-idade") e se alguma alteração no nível acelerou ou desacelerou.

Os resultados mostraram que algumas das medidas eram preditivas de um maior risco de declínio cognitivo marcado. No entanto, os autores do estudo também descobriram que as "associações de colesterol com cognição diminuem à medida que a idade do desfecho aumenta".

Mais especificamente, eles notaram que, entre os membros cognitivamente saudáveis do grupo de 85 a 94 anos, ter tido um alto nível de colesterol total na meia-idade estava vinculado a um risco reduzido de declínio cognitivo marcado.

Um novo biomarcador?

Os resultados revelam a necessidade de olhar mais de perto para diferentes faixas etárias neste tipo de pesquisa. Eles desafiam, por exemplo, estudos que concluíram que o colesterol está associado a um maior risco de declínio cognitivo em idosos --a diferença é que eles se concentraram principalmente em adultos até 75 anos.

Jeremy  Silverman, um dos autores do estudo, ressalta que as descobertas não significam necessariamente que aqueles com mais de 85 anos de idade devem procurar elevar seu nível de colesterol. "Não pensamos que o colesterol alto é bom para a cognição aos 85 anos". Ele acrescenta: "Mas sua presença pode nos ajudar a identificar aqueles que são menos afetados por isso".

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