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Britânico recebe implante de eletrodo que reduz efeitos de lesão na coluna

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

20/02/2018 17h14

Um tratamento experimental que envia correntes elétricas por meio da medula espinal melhorou os efeitos colaterais "invisíveis", mas ainda debilitantes, para um homem com lesão da medula espinhal.

Há seis anos, um acidente durante um mergulho deixou Isaac Darrel com uma lesão na medula espinhal. Os efeitos colaterais da lesão incluem tonturas, flutuações na pressão arterial e alterações na função da bexiga e do intestino.

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Darrel tomou a decisão de ter eletrodos implantados cirurgicamente em sua medula espinhal em 2016, para testar um tratamento conhecido como estimulação peridural, na esperança de melhorar alguns dos efeitos colaterais. Um estudo de caso sobre suas experiências foi publicado esta semana na JAMA  Neurology.

"Problemas de mobilidade ou paralisia são as consequências mais visíveis de uma lesão da medula espinhal, mas como clínico, sei que muitos dos meus pacientes sofrem de outras consequências invisíveis, como pressão arterial anormal, disfunções de vesícula, intestinais e sexuais, que podem ser bastante devastadoras", disse Andrei Krassioukov, investigador principal do estudo.

A estimulação epidural envolve a inserção cirúrgica de eletrodos acima da medula espinhal, para estimular as células nervosas com correntes elétricas. Os benefícios terapêuticos da estimulação peridural foram bem documentados para dores crônicas nas costas, mas ainda há poucos estudos sobre seu uso para tratar pacientes com lesões da medula espinhal.

Com um controle remoto, Darrel usa o estimulador por até 45 minutos por dia, aplicando diferentes programas para transmitir impulsos elétricos em sua medula espinhal, que imitam os mesmos sinais que viriam do cérebro. Os programas são projetados para estimular nervos específicos que ajudam com várias funções motoras.

No entanto, outros benefícios foram apontados. Antes, Darrel costumava sentir dores de cabeça e queda de pressão, especialmente quando saia da cama para a cadeira de rodas. Agora, com o implante, sua pressão arterial está controlada.

"Tive melhora na pressão sanguínea, nos músculos, melhoria na função intestinal e, basicamente, tenho mais energia", disse Darrel, que observou que isso significa que ele agora pode sentar-se na cadeira de rodas por até oito horas, uma grande melhora das duas horas que ele suportava antes da cirurgia.

Os resultados apontam para a necessidade de entender completamente como esse tratamento pode ser usado em contextos clínicos. Krassioukov e seus colegas estão atualmente colaborando com colegas nos EUA em um estudo maior, para examinar os benefícios da estimulação peridural em um grupo.

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