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Nível de QI na infância pode prever distúrbios psicóticos, diz estudo

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

09/02/2018 19h33

Quando uma pessoa tem distúrbios psicóticos é comum também apresentar deficiências cognitivas. Uma pesquisa recente, publicada no periódico Jama Psychiatry, mostrou que esses déficits já podem ser detectados quando o paciente tem apenas quatro anos de idade, o que abre portas para um tratamento e acompanhamento precoce.

Estudos anteriores demonstraram que os escores de QI em pessoas com esquizofrenia, um tipo de transtorno psicótico, são menores após os sintomas aparecerem em comparação com os testes anteriores ao início da condição.

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A nova pesquisa traçou a queda no QI com o passar dos anos para compreender quando o declínio se inicia. Isso é importante para saber se a esquizofrenia pode se dar, ao menos em parte, por anormalidades no desenvolvimento do cérebro.

No total, o estudo usou dados de 4.322 pessoas do Reino Unido, todas analisadas dos 18 meses até os 20 anos. Com a coleta de informações, foi possível notar que os indivíduos que desenvolveram distúrbios psicóticos na idade adulta realizaram testes de QI normais durante a infância, mas aos quatro anos de idade apareceram as primeiras evidências de declínio na capacidade cognitiva.

Na idade adulta, os resultados tiveram um espaço de 15 pontos entre quem tem transtornos psicóticos e um grupo de voluntários sem nenhuma condição psiquiátrica. Os déficits foram encontrados na memória de trabalho, atenção e velocidade de processamento.

Quando comparado com as outras condições, apenas aqueles com transtornos psicóticos tiveram queda progressiva nas avaliações de QI.

Os achados são interessantes e fornecem uma nova visão sobre a progressão dos transtornos psicóticos. Agora os cientistas vão focar em detectar os declínios cognitivos a partir dos quatro anos de idade e criar oportunidades de intervir e tentar mudar o curso da condição.

No entanto, ao considerar e interpretar os resultados, os pesquisadores pedem cautela. É importante ter em mente que muitas crianças terão dificuldades com o trabalho escolar ou outras tarefas intelectuais em algum momento de suas vidas, e apenas uma pequena minoria delas irá desenvolver um transtorno psicótico. 

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