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Tratamento para tumores agressivos criado no Brasil será testado em humanos

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

06/02/2018 18h24

Você pode não os conhecer de nome, mas glioma e melanoma são dois tipos muito agressivos de câncer, o primeiro cerebral e o segundo de pele. Infelizmente, a média de vida após o diagnóstico costuma ser menor do que um ano e três meses.

Isso ocorre porque essas células cancerosas são extremamente resistentes aos remédios quimioterápicos. Para entender o motivo da falha no funcionamento da medicação, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo), juntamente ao Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), resolveram analisar o tema com profundidade.

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A ideia inicial era entender porque quem tem o glioma morre tão rápido. Mesmo existindo tratamento com cirurgia, quimioterapia e radioterapia, o câncer é muito agressivo e suas células têm grande defesa contra quimioterápicos, disse Clarissa Ribeiro Reily Rocha, doutoranda pela USP, em entrevista ao "Jornal da USP". 

Segundo a publicação, após quatro anos de estudo, os cientistas já descobriram que é a quantidade de glutationa nas células cancerígenas que as deixam resistentes. Com essa informação em mãos, eles testaram in vitro inibidores desta formulação, juntamente com os quimioterápicos, e tiveram grande sucesso nos resultados.

Com as boas notícias, o projeto foi para um novo estágio, onde passará por testes em humanos. Rocha contou que o método será testado em cerca de 20 a 50 pacientes. O objetivo é identificar a segurança do medicamento. Conforme sua eficácia for comprovada, o número de pacientes será ampliado.

Rocha relata, ainda, que o sucesso nos estágios iniciais não diz muita coisa, é preciso ter paciência. Nada garante que a eficácia na fase in vitro traga benefícios reais para as pessoas que sofrem com alguma dessas doenças.

“No momento, estamos analisando qual será a dose, o tempo de uso e o tipo de paciente que vamos selecionar para ver se o tratamento é eficaz”, explica Rocha. Além disso, estão sendo testados, em fases iniciais, outros modos de inibir a glutationa, missão principal da pesquisa.

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