Cientistas estão cada vez mais próximos de vacinas contra HIV e gonorreia
Duas doenças que voltaram a avançar no Brasil ganharam novas perspectivas de prevenção --e ambas por meio de vacinas. Enquanto a imunização para prevenir a infecção pelo vírus da Aids está cada vez mais próxima de testes em humanos, cientistas acabaram de descobrir o alvo ideal para a ação de uma vacina contra a gonorreia.
Vacina contra HIV será testada em breve
Pesquisas sobre o HIV na última década levaram a muitas ideias promissoras para vacinas, mas a maioria não foi testada em seres humanos, porque não era possível fabricá-las de forma acessível e em larga escala. Entretanto, Phil Berman, professor de Engenharia Biomolecular da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, liderou o desenvolvimento de um dos principais componentes da única vacina que mostrou, em um ensaio clínico, alguma eficácia contra o HIV.
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"A tecnologia que desenvolvemos deve quebrar o bloqueio no desenvolvimento da vacina contra o HIV", explicou Berman. O laboratório do cientista usou robótica para encurtar o tempo necessário para produzir culturas celulares estáveis, necessárias para produzir as proteínas para uma vacina. Ao mesmo tempo, a tecnologia conseguiu aumentar a quantidade de produção desses compostos. Isso garante economia no custo dos materiais. Além disso, o laboratório também criou uma forma de ter uma resposta imune efetiva.
"A maneira convencional de fazer essas vacinas incorporava o tipo de carboidrato errado. Agora sabemos que destruíram muitos dos importantes anticorpos protetores", disse Berman.
Atualmente, o laboratório do cientista está pronto para começar a produzir vacinas em grande escala. Ele agora está procurando parceiros e recursos para começar os testes em humanos.
Cientistas descobrem alvo ideal para desenvolver vacina para gonorreia
A pesquisa para a prevenção e o tratamento eficaz para a gonorreia foi liderada por Aleksandra Sikora, da Oregon State University, e Nicholas Noinaj, da Purdue University. O estudo descobriu como algumas proteínas da membrana exterior das células da bactéria Neisseria gonhorroeae, responsável pela doença, funcionam.
Os cientistas descobriram que, ao eliminarem um tipo de proteína chamada BamE das bactérias, a composição da célula é alterada e o seu crescimento se torna mais lento. "Isso também levou a um aumento na susceptibilidade aos antibióticos e na formação de vesículas de membrana contendo maiores quantidades de antígenos de vacina", explicou Sikora.
"Isso é uma evidência adicional de que a BamE pode ser um novo alvo de vacina contra a bactéria causadora da gonorreia", acredita ela. “Na batalha contra a resistência a múltiplos medicamentos, a maneira ideal de prevenir a doença é uma vacina, e saber mais sobre a estrutura dessa proteína abre a porta para uma abordagem mais eficaz de imunização."
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