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Gozar por 15 minutos é possível? Veja o que diz a ciência

Getty Images
Imagem: Getty Images

Thamires Andrade

Do VivaBem, em São Paulo

20/01/2018 04h15

Em uma reportagem que deu o que falar, a jornalista Milly  Lacombe contou como foi testemunhar uma mulher gozar por 15 minutos e ejacular. Ela participou de um curso de sexo tântrico com Carol Teixeira que fez uma massagem clitoriana para “tirar o clitóris do casulo". Os dois temas - orgasmo por um grande período e a ejaculação feminina - são polêmicos, já que os relatos não são reconhecidos pela ciência.

Orgasmos demoram tanto assim?

A princípio, não. Segundo a ginecologista Glene Rodrigues, especializada em educação e terapia sexual pela SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana), não há estudos ou relatos na literatura médica que comprovem que é possível ter um orgasmo tão longo, como os 15 minutos citados.

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“A medicina é baseada em evidências, só que o problema é que há poucos estudos científicos na área de sexologia. Até pela dificuldade que é de fazer as mensurações, colocar as pessoas para transar e etc.”, explica Rodrigues.

De acordo com a ciência, o orgasmo dura de dez a 20 segundos. Mais tempo do que isso só existe em estudos de casos de homens e mulheres que conseguem chegar ao clímax durante tarefas corriqueiras do dia a dia.

“Esses relatos clínicos tratam isso como uma disfunção. As reações fisiológicas do orgasmo são muito intensas a ponto de gerar fadiga. Essa tensão a nível cerebral é vista como algo que traz problemas para a vida da pessoa e não prazer”, descreve Iracema Teixeira, psicoterapeuta doutora em psicologia e mestre em sexologia e membro da SBRASH.

Onda orgástica

Sol Moraes, terapeuta tântrica do Conexão Tantra, explica que técnica proporciona uma “sensação orgástica” que permite sentir um prazer muito mais intenso por mais tempo. "Isso é encontrado nas escrituras de mestres hindus que datam de cinco mil anos. Há muito do tantra na história do Oriente, mas a medicina só tem começado a se interessar agora sobre como o orgasmo pode beneficiar o corpo."

A ciência, no entanto, reconhece que as mulheres podem ter orgasmos múltiplos, que acontecem quando elas chegam ao clímax e não param de ser estimuladas. “No entanto, no sexo, não importa a quantidade de orgasmos, mas sim a qualidade”, defende Rodrigues.

E a ejaculação feminina?

Outro tema polêmico no texto de Milly foi o fato de ela ter testemunhado uma mulher ejaculando. Rodrigues conta que, por muito tempo, a ciência rechaçou essa ideia até um estudo científico descobrir que algumas mulheres tem um ponto de estímulo na parede da vagina que pode provocar a “ejaculação”.

“Outro estudo também identificou que algumas mulheres podem ter uma glândula remanescente que funcionaria como a do homem, armazenando líquido e, posteriormente, ejaculando. Mas ainda não tem nada cabal sobre o tema”, explica. A ejaculação feminina seria um líquido incolor e sem cheiro, muitas vezes confundido com xixi. 

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