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Reduzir estômago tem risco de morte menor do que tentar emagrecer com dieta

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

18/01/2018 13h02

Praticamente toda operação traz riscos (de infecções, morte etc.) para um paciente. E isso é uma das coisas que faz muitas pessoas com sobrepeso temerem realizar a cirurgia para redução de estômago.

No entanto, uma nova pesquisa do Reino Unido sugere que obesos submetidos à operação bariátrica possuem metade do risco de morrer nos anos após a cirurgia, quando comparados com aqueles que tentam perder peso por meio de dieta e mudanças comportamentais. De acordo com os pesquisadores, a cirurgia de obesidade ainda é econômica, leva a uma perda substancial de peso e pode ajudar a enfrentar a diabetes tipo 2.

No novo estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), os pesquisadores buscaram entender se operações de redução do estômago, conhecidas como cirurgias bariátricas, tiveram um impacto em longo prazo sobre o risco de morte entre indivíduos obesos, quando comparados com abordagens não cirúrgicas para perda de peso.

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Mais de 33.500 pessoas participaram da pesquisa, sendo que 8.385 passaram por uma bariátrica entre 2005 e 2014. A obesidade é definida como um IMC (Índice de Massa Corporal) 30 ou superior, e os participantes tinham índice maiores do que 35. A etapa de acompanhamento dessas pessoas após a cirurgia durou até dezembro de 2015.

Os pesquisadores compararam o número de óbitos e outras métricas dos pacientes que fizeram cirurgia com os que não operaram e receberam orientação dietética e comportamental. Os indivíduos equiparados tinham características semelhantes, como idade e sexo.

Vantagem

Os resultados revelam que a taxa de mortalidade durante o estudo foi de 1,3% para quem fez cirurgia bariátrica. Já entre os que não operaram, o índice foi de 2,3%. Apesar disso, vale ressaltar que o período de acompanhamento variou consideravelmente de paciente para paciente.

Uma vez que outros fatores, incluindo idade, sexo e doenças relacionadas foram levados em conta, a equipe descobriu que aqueles que não passaram por cirurgia de encolhimento do estômago tiveram pouco mais do dobro do risco de morte em comparação com aqueles que fizeram a bariátrica.

Além disso, o grupo que operou mostrou maior redução no IMC, taxas mais baixas de novos diagnósticos de diabetes, pressão arterial melhorada e ainda maior proporção de indivíduos diabéticos em remissão.

Francesco Rubino, professor de cirurgia metabólica e bariátrica no King's College London, que não estava envolvido nos estudos, disse ao The Guardian que mal-entendidos e estigmas estavam impedindo um maior uso dessas operações no Reino Unido. Apesar de ressaltar que esse tipo de cirurgia não serve para todo mundo, o especialista lembrou o quão importante é o médico esclarecer pontos como esse com o paciente.

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