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Natação é um bom esporte para o tratamento contra a asma?

Vivian Ortiz

Do UOL, em São Paulo

27/12/2017 04h00

Dificuldade para respirar, dor no peito, tosse e respiração ofegante. Esses são alguns dos sintomas da asma, doença que causa inflamação nas vias respiratórias e provoca o seu estreitamento, o que leva pessoas das mais variadas faixas etárias a terem dificuldade na hora de puxar o ar.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), trata-se de uma das doenças crônicas mais comuns, pois acomete cerca de 300 milhões de pessoas no mundo. No entanto, existe, além do tratamento convencional, outros métodos indicados para diminuir os efeitos da asma, como a natação.

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Natação é eficaz contra a doença?

Sim. Isso porque é um esporte completo, que trabalha tanto membros inferiores quanto superiores, além de coordenação e respiração. Assim, todos podem e devem praticar, sem limitações.

Outra vantagem é que esse esporte também ensina o paciente a respirar melhor e de forma sincronizada entre as braçadas, pois ele faz isso de forma pausada, o que também impede a asma induzida pelo exercício.

A natação ainda tonifica os músculos respiratórios, especialmente o diafragma, ajudando bastante no controle da doença e aumenta a tolerância aos outros exercícios físicos. Por ser praticada dentro da água, a perda deste elemento pelos brônquios (fator desencadeante da asma induzida pelo exercício) é mínima.

E como escolher a piscina?

O ideal é que a pessoa nade em águas com uma temperatura agradável, em torno dos 30ºC. Quando já estiver condicionada a ponto de poder fazer treinos mais intensos, é possível treinar em águas com temperaturas em torno dos 28ºC.

Não existe nenhum tratamento para água de piscina (ozônio, sal ou outros) que não utilize ao menos um pouco de cloro. E este é um dos fatores irritantes que podem causar uma crise de asma, já que o produto irrita os brônquios.

No entanto, é o próprio paciente que percebe antes de qualquer pessoa se existe muito cloro no local, pois o cheiro piora ainda mais quando a piscina é aquecida e está localizada em ambiente fechado. Portanto, é melhor fugir de piscinas assim. E vale ressaltar que o exercício não deve substituir o tratamento, ambos devem ser feitos em conjunto. Praticar apenas natação, inclusive, pode colocar a saúde do paciente em risco.

Fontes: Antonio José de Pinho Júnior, alergologista e professor do curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, em São Paulo (SP); Paulo Paes Silvado, Pneumologista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo (SP); Luiz Felipe de Souza Lima, professor da Academia Bio Ritmo, em São Paulo (SP).

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