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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


7 dias que antecedem o Natal são os mais críticos para crises de estresse

Getty Images
Imagem: Getty Images

Chloé Pinheiro

Colaboração para o VivaBem

21/12/2017 17h26

Quem nunca se sentiu um pouco mais tenso conforme a folha de dezembro do calendário vai sendo preenchida? O aperto é justificável: é preciso comprar presentes, viagens, organizar a ceia, escolher que parentes serão visitados, terminar o trabalho a tempo… A lista é longa!

Parte da ansiedade é comum e normal mas, em excesso, a tensão pode sobrecarregar o coração. E vamos combinar que, neste ano, motivos não faltaram para se sentir com a corda no pescoço.

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“Muitas pessoas ainda continuam desempregadas, o que gera uma sensação de angústia por não ter conseguido atingir as metas estabelecidas, então é possível que algumas se sintam mais estressadas”, expõe Silvia Cury Ismael, gerente de Psicologia do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

O fenômeno é conhecido

“Em nossas pesquisas, notamos que há um aumento nos relatos de estresse entre a terceira semana de novembro e a última de dezembro, sendo que o ápice acontece justamente nos sete dias que antecedem o Natal”, concorda Ana Maria Rossi, psicóloga presidente da sucursal brasileira da International Stress Management Association (ISMA).

A entidade conduz anualmente uma pesquisa sobre o índice de tensão nessa época. Na edição de 2017, ainda não divulgada, os resultados foram chamativos. “O nível de estresse dos respondentes cresceu em 77% no período, e para mulheres chegou a 82%”, aponta Ana Maria. Segundo a entidade, o levantamento incluiu 823 entrevistados que vivem em Porto Alegre e São Paulo.

Sobrecarga tem sintomas físicos

“A maioria das pessoas afirma ter dores musculares e de cabeça, e pouco mais de 40% apontam distúrbios do sono”, destaca Ana Maria. Além da pressão e da correria típica, a falta de sono e a bebedeira em excesso do período das festas não são lá muito bem-vindas ao coração.

Primeiro vale esclarecer que o estresse é parte dos nossos mecanismos de sobrevivência e que uma tensão passageira nem sempre significa risco cardíaco. O problema maior parece estar na descarga contínua de estímulos que o estresse promove pelo corpo.

Ele libera substâncias adrenérgicas, que colaboram para o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. A longo prazo, há o risco da hipertensão se instalar de vez, assim como arritmias e outras condições.

Se o estresse já for crônico, a soma de fatores que fazem dezembro pesar mais pode culminar em risco ao peito. Especialmente se fizerem parte deste quadro certas doenças crônicas e hábitos como sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Portanto, segura as pontas. O ano já está acabando.

Fátima Dumas Cintra, cardiologista professora da Universidade Federal de São Paulo, e Priscila Cestari, cardiologista da DIMEN, laboratório de medicina nuclear de São Paulo, também foram consultadas para esta reportagem.  

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