Você tem pressão alta? Mudança na dieta pode ser tão eficaz quanto remédio
A alimentação tem relação direta com a nossa saúde. E os cientistas estão provando cada vez mais o impacto do que colocamos no prato em nosso corpo.
Dessa vez, um estudo feito com mais de 400 adultos com pré-hipertensão, ou estágio 1 de alta pressão sanguínea, descobriu que combinar uma dieta com baixos níveis de sal com a famosa DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, ou dieta para barrar a hipertensão, em português) diminui substancialmente a pressão arterial.
Conduzido por pesquisadores da escola de medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o estudo foi publicado na edição de novembro do periódico Journal of the American College of Cardiology.
“Nossos resultados se unem à evidencia de que intervenções na dieta são tão efetivas como --ou mais efetivas que-- medicamentos anti-hipertensivos naqueles que tem pressão alta, e deveriam ser a primeira linha de tratamento para esses indivíduos”, diz Stephen Juraschek, professor na universidade de Johns Hopkins e na escola de medicina de Harvard.
Estudo mostrou que dieta diminui pressão arterial
A dieta DASH, promovida pela Associação Americana do Coração, enfatiza os alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio, como frutas e legumes, feijão, nozes, grãos integrais e de baixa gordura laticínios. Limita também os alimentos ricos em gordura saturada e açúcar.
Os participantes do estudo seguiram essa dieta por 12 semanas. Uma dieta controle, parecida com a dos americanos em geral, também foi aplicada entre os voluntários.
Após quatro semanas, os pesquisadores descobriram que o grupo com alta pressão arterial teve uma redução nos níveis de pressão, se comparados com quem seguia a dieta normal. Quando os cientistas combinaram a dieta DASH com uma de baixo sódio, a pressão diminui ainda mais, chegando a uma redução de 21 mm Hg.
“Isso é excelente. É gigantesco”, disse Juraschek. Para se ter uma ideia do impacto da descoberta, a maioria dos anti-hipertensivos diminui apenas 10-15 mm Hg.
“O que nós estamos observando é uma redução de pressão arterial tão (ou mais) eficaz que os medicamentos”, disse Lawrence Appel, autor do estudo. “É uma mensagem importante aos pacientes.”
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