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Quatro mitos envolvendo o TOC, segundo quem sofre do transtorno

06/04/2018 11h34

A modelo e escritora britânica Lily Bailey sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) desde que era criança. Agora, ela quer derrubar os mitos envolvendo o transtorno, que só no Brasil afeta cerca de 8 milhões de pessoas. Trata-se de uma perturbação mental grave, caracterizada por obsessões e compulsões.

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Confira abaixo quatro mitos envolvendo o TOC, segundo Bailey.

Mito 1: Você pode ter 'um pouco' de TOC

As pessoas falam isso o tempo todo. Tenho um pouco de TOC com meu estojo; tenho um pouco de TOC com meus livros. Na verdade, o TOC é um transtorno mental grave, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das 10 doenças mais debilitantes de qualquer tipo. Quem tem TOC não gosta do que faz; o transtorno causa enorme angústia. Então, quando você diz que tem 'um pouco' de TOC, você não tem.

Mito 2: Você pode dizer que alguém tem TOC

O segundo grande mito sobre o TOC é que uma pessoa com TOC nunca teria o quarto bagunçado, não é desorganizada e que você sempre pode dizer que uma pessoa tem TOC ou não porque é muito óbvio dado que quem sofre do transtorno está fazendo ações repetitivas com o corpo, checando coisas, lavando suas mãos. Na verdade, muitas pessoas têm TOC de uma forma muito contida, dentro da cabeça. No meu caso, ficava com medo de ser uma pessoa ruim, terrível. Assim, ficava criando listas na minha cabeça de coisas ruins que poderia fazer. E ninguém sabia de nada; meu quarto era uma bagunça total. Você não precisa ser superorganizada para ter TOC.

Mito 3: Não é um transtorno grave

Quando fui diagnosticada com TOC, me lembro de que uma amiga minha me disse: 'Ah, pelo menos não é algo grave'. Na verdade, o TOC destrói vidas e uma pessoa com TOC demora, em média, 12 anos para buscar ajuda. Esse é um transtorno que frequentemente deixa as pessoas presas em casa.

Mito 4: É OK fazer brincadeira sobre o TOC

Toda vez que alguém brinca sobre o TOC e minimiza o transtorno, isso impede que pessoas como eu, e outros jovens, entendam o que temos e nos sintamos confortáveis para pedir ajuda.

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