Topo

Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Como cuidar da saúde mental das mulheres com câncer de mama?

Ana Furtado, apresentadora de TV com câncer de mama, no hospital - @aanafurtado/Reprodução Instagram
Ana Furtado, apresentadora de TV com câncer de mama, no hospital Imagem: @aanafurtado/Reprodução Instagram

Camila Tuchlinski

24/10/2018 13h24

No Brasil, 28,1% dos casos de câncer são de mama, um porcentual mais elevado do que a média mundial, que chega a 25%. Quanto antes for detectado, maior a chance de cura. Apesar dos inúmeros avanços no tratamento do tumor, a notícia de um diagnóstico positivo ainda assusta muitas mulheres. O caminho trilhado durante o tratamento pode ser um fardo pesado demais para carregar. E a mente precisa estar saudável para não padecer com o problema.

Sessões de quimioterapia poderão provocar a queda de cabelo, irritação da pele e a perda da energia. Ao mesmo tempo, como manter a autoestima? A terapia pode ser um caminho.

"Na clínica, a mulher é convidada a refletir sobre o lugar da sua feminilidade: para além de seios, cabelos e cílios longos, o que é ser mulher? Essa resposta, sempre individual e única, levará a essa mulher a possibilidade de se reconhecer e se amar, na saúde e na doença", explicou a psicanalista Débora Damasceno, coordenadora da Escola de Psicanálise de São Paulo.

VEJA TAMBÉM:

Pudores e crenças podem atrapalhar a mulher na realização do autoexame. "Entender que a doença não é fruto de nenhum mau pensamento e de nenhuma má ação, mas uma contingência que vai acometer um certo número de pessoas, se responsabilizar pelo próprio tratamento e se comprometer com o cuidado de si são, por assim dizer, as competências que queremos desenvolver durante o processo de tratamento. E também depois, no período da cura", disse a psicanalista.

A importância do autoexame e da realização de diagnósticos clínicos são temas recorrentes durante o Outubro Rosa. Apesar da campanha intensa que ocorre neste ano, existe a necessidade de se discutir também um assunto considerado tabu: a vida sexual das pacientes que têm câncer de mama.

"Depois do tratamento vem a vida e suas angústias. É um mecanismo normal da nossa mente construir como medos futuros situações dolorosas do passado. Na terapia, a percepção temporal é restabelecida junto com o reconhecimento da própria capacidade de superação da doença e condições insatisfatórias da vida cotidiana", conclui Débora.

Siga o UOL VivaBem nas redes sociais
Facebook • Instagram • Youtube