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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Não é só para o corpo: 6 provas de que se exercitar também faz bem à mente

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Imagem: Getty Images

Do VivaBem

06/05/2018 04h00

A atividade física emagrece, evita doenças do coração, obesidade, diabetes e inúmeros outros problemas de saúde. Mas, além de trazer benefícios para o corpo, a prática de exercícios físicos também protege sua mente, sabia?

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Além de melhorar a memória e a capacidade de pensar, uma leve corridinha por aí também pode ajudar no tratamento de depressão e inclusive prevenir a demência. Veja, a seguir, seis estudos científicos que mostram como sair do sofá pode ser bom não só para o seu físico, mas também para a sua saúde mental.

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    Correr ajuda a fortalecer a memória

    Em um estudo publicado em março último no periódico Neurobiology of Learning and Memory, pesquisadores da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, fizeram testes em camundongos e concluíram que os animais corredores apresentavam sinapses (conexões entre neurônios) mais fortes e movimentadas do que os sedentários. Em geral, quanto mais fortes as mensagens entre os neurônios, mais robustas e permanentes são as memórias. É claro, camundongos não são pessoas. Mesmo assim, os resultados parecerem dar mais um motivo para ser ativo fisicamente.

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    Melhora a capacidade de pensar

    Uma pesquisa realizada pela Academia Americana de Neurologia e publicada no periódico Neurology em dezembro de 2017 descobriu que praticar exercícios duas vezes por semana melhora a capacidade de pensamento, principalmente em idosos. Pessoas com deficiência cognitiva têm dificuldade para realizar tarefas complexas ou para entender as informações que leram, mas o exercício pode ajudar a melhorar a memória e a cognição nessa fase da vida.

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    Previne Alzheimer e demência

    Pesquisadores da Western Sydney University, na Austrália, e da University of Manchester, no Reino Unido, examinaram o cérebro de 737 pessoas antes e depois de praticarem exercícios aeróbicos (correr, nadar, pedalar e dançar). Os resultados, publicados no periódico NeuroImage em novembro de 2017, mostraram que, por mais que o exercício não tivesse efeito no volume total do hipocampo (região do cérebro responsável principalmente pela memória), ele fez com que o corpo produzisse uma substância química chamada Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro, que pode ajudar a prevenir a deterioração do cérebro. Em outras palavras, o exercício pode ser visto como um programa de manutenção do órgão, servindo como meio de prevenção de distúrbios degenerativos, como Alzheimer e demência.

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    Ajuda a preservar regiões do cérebro ligadas à atenção

    Um estudo feito em outubro de 2017 pelo Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein mostrou que a prática regular de ioga pode ajudar a preservar regiões cerebrais associadas a funções como atenção e memória de trabalho ao longo do processo natural de envelhecimento. De acordo com os pesquisadores, o córtex pré-frontal das mulheres que praticavam hatha yoga há pelo menos oito anos era mais espesso quando comparado ao das não praticantes. Esse resultado sugere que o exercício tenha um papel de neuroproteção, retardando a degeneração cerebral que ocorre com a idade.

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    Exercício aeróbico ajuda no aprendizado

    O exercício aeróbico, como a corrida, tem efeitos positivos na estrutura e função do cérebro, como a neurogênese (processo de formação de novos neurónios) no hipocampo e o aprendizado. A conclusão é de um estudo publicado em fevereiro de 2016 no periódico The Physiologial Society, que realizou testes em camundongos. Comparado com animais sedentários, o maior número de células no hipocampo foi observado em ratos submetidos a exercícios aeróbicos e que correram voluntariamente em uma roda de corrida. Os animais que realizaram um HIIT (treinamento intervalado de alta intensidade) ou que subiram uma escada com peso apresentaram um efeito menor, estatisticamente não significativo.

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    Tratamento efetivo para depressão

    Pesquisadores da Duke University, nos Estados Unidos, analisaram diversos estudos sobre depressão em 2012. Nos resultados, os cientistas mostraram que, em comparação com a terapia cognitiva comportamental, o exercício teve a mesma resposta de tratamento nos pacientes. Além disso, uma análise de sensibilidade adicional foi realizada comparando os resultados do exercício com medicação antidepressiva. Apenas dois estudos compararam a eficácia do exercício com a farmacoterapia. Não foram observadas diferenças entre a atividade física e a medicação. Segundo os pesquisadores, estudos observacionais sugerem que pessoas ativas têm menos probabilidade de estar deprimidas, e estudos intervencionais sugerem que o exercício é benéfico na redução da depressão. Parece que mesmo níveis modestos de exercício estão associados a melhorias na depressão. Enquanto a "dose" ideal de exercício é desconhecida, claramente qualquer exercício é melhor que nenhum.