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5 suplementos para emagrecer que você não deve investir, segundo a ciência

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Imagem: iStock

Do VivaBem

04/02/2018 12h55

É só você digitar “perda de peso” no Google que já aparecem diversos tipos de suplementos milagrosos. Mas como saber o que vale realmente a pena investir? O site “Science Alert” reuniu cinco deles que, segundo a ciência, não merecem sua atenção. Veja abaixo:

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    Água alcalina

    As dietas alcalinas recomendam que você modifique o que você come com base no pH de sua urina ou saliva, afirmando que um pH mais alcalino ajuda a digestão, perda de peso e bem-estar. Seu corpo possui mecanismos de balanceamento de pH controlados, para garantir que seu pH no sangue permaneça entre 7,35 a 7,45. Já seu estômago é altamente ácido, com um pH menor que 3,5, para conseguir quebrar o alimento. A vantagem é que as dietas alcalinas encorajam a alimentação saudável, promovendo alimentos baseados em plantas, como frutas e vegetais. Mas não há evidência científica para apoiar que a bebida acelera a perda de peso.

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    Suplementos de cafeína

    A cafeína é velha conhecida de quem deseja perder peso, já que aumenta a taxa metabólica e, portanto, aceleraria a queima de gordura. Pesquisas feitas em voluntários de peso saudável encontraram um aumento na taxa metabólica, mas dependendo da dose. Quanto mais suplementos de cafeína consumidos, mais a taxa metabólica aumentou. Em um estudo, adultos obesos receberam aleatoriamente 200 miligramas de suplementos de cafeína três vezes por dia, durante 24 semanas, ou um placebo. Não houve diferença na perda de peso entre os grupos. Durante as primeiras oito semanas, o grupo que tomou suplementos de cafeína ainda teve insônia, tremor e tonturas. Ou seja, por mais que a cafeína acelere a taxa metabólica do corpo a curto prazo, não promove a perda de peso.

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    Suplemento de garcinia cambogia

    Ela é uma fruta tropical que contém uma grande quantidade de ácido hidroxicítrico, associado à perda de peso. Em estudos feitos com animais, esse ácido interfere na produção habitual de ácidos graxos. Se isso fosse transferido para humanos, teoricamente poderia dificultar o metabolismo da gordura e acelerar a perda de peso. Entretanto, estudos mostram que esse não é o caso. Enquanto um teste em mulheres com excesso de peso pediu para que elas fizessem uma dieta com ou sem o hidroxicítrico e descobriu que o grupo que usou o ácido perdeu significativamente mais peso (3,7 kg em comparação com 2,4 kg do placebo), outros dois ensaios não encontraram diferença na perda de peso. Em um teste realizado com 86 homens e mulheres com excesso de peso também não foram encontradas diferenças entre quem tomou ou não o suplemento.

  • Joel Silva/Folhapress

    Matchá de chá verde em pó

    O matchá é um chá verde feito de folhas da Camellia sinensis. Antes que as folhas sejam colhidas, a planta é colocada na sombra por algumas semanas, o que aumenta o conteúdo de teína e cafeína. Depois, ela é processada em pó. Nenhum estudo testou o efeito do matchá na perda de peso. Apenas uma revisão de seis pesquisas, publicada em 2012 no periódico do Cochrane Metabolic and Endocrine Disorders Group, descobriu que seu funcionamento depende do local onde você mora. Em estudos realizados fora do Japão, por exemplo, pessoas que consomem chá verde não perderam mais peso. Entretanto, nos oito estudos realizados com japoneses, a perda média de peso variou de 200 gramas a 3,5 kg.

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    Cetonas de framboesa

    Vendidas como comprimidos de perda de peso, são produtos químicos encontrados nas framboesas. Um estudo publicado em dezembro de 2017 no periódico American Chemical Society fez um experimento com ratos obesos e descobriu que essas cetonas reduziram o teor total de gordura corporal. Entretanto, um pequeno estudo realizado em abril de 2016 e publicado no periódico da Federation of American Societies for Experimental Biology não encontrou efeito do suplemento no peso dos participantes. Durante a pesquisa, os voluntários mantiveram seus padrões de alimentação e exercício e apenas tomaram 200 miligramas por dia de cetonas de framboesa. Além disso, foram levantadas preocupações sobre possíveis efeitos tóxicos desses suplementos no coração. Dessa forma, é melhor gastar seu dinheiro com alimentos que contenham naturalmente esses produtos químicos, como frutas vermelhas frescas, kiwis, pêssegos, uvas e maçãs.